A Evolução do Ser: Aceitando Nossas Múltiplas Etapas

É comum que, ao longo da vida, sintamos um certo constrangimento ou vergonha em relação a quem fomos. Ano após ano, renovamos a promessa de mudança, buscando incessantemente uma versão “melhor” de nós mesmos. Contudo, essa busca por um “novo eu” não deveria nos fazer esquecer a essência do que já somos e do que fomos.

Não se trata de alter egos, mas sim de etapas intrínsecas à nossa existência. Seja na adolescência, na juventude ou na velhice, somos sempre nós. Embora a proximidade com a velhice possa nos trazer a consciência da finitude — aquele “Aspecto Findouro” que Nomeu mencionou, em vez de “morte” —, essa percepção não invalida a continuidade do nosso ser.

É fundamental que aprendamos a descartar aquilo que já não nos serve, permitindo uma constante evolução. Cada experiência, cada momento, dia ou ano, contribui para nos completar. Somos, em essência, um pÉ comum que, ao longo da vida, a gente acabe sentindo um certo constrangimento — talvez até vergonha — do que fomos. Todos os anos, prometemos mudar e ser uma pessoa melhor. Contudo, ao fazer isso, estamos apenas trabalhando de uma forma que não devemos esquecer: quem somos, de fato.

Não são alter egos; são etapas. Ainda assim, somos nós — seja na adolescência, na mocidade, ou mesmo na velhice. Embora eu entenda que a velhice tende a trazer um “Aspecto Findouro” — aquele que a gente sabe que pode chegar a qualquer hora, como Nomeu sugeriu, em vez de “morte” —, essa percepção não anula nossa trajetória.

E tem algumas coisas que a gente realmente precisa deixar para trás. Assim, vamos evoluindo, e a cada história, momento, dia, ano, estamos nos completando com novas experiências. No final, ainda somos um espermatozoide que está dividindo células.

Então, evolua, ó grande ascendente dos neandertais! É por isso que eu realmente estou bem tranquila quanto às minhas personas.

William me disse uma vez: “Cuidado para não misturar as personas.”

Eu respondi: “Somos a soma do que foi somando até agora.”

Então é isso. Sou o resultado de um todo, segundo a narrativa do William, o Wii.

Ele também pediu para que eu trocasse a palavra “morte” do texto supracitado por: “Aspecto Findouro”, “Especto Fundoro”, “Douro”, sei lá. Nomeu disse que usaria este termo, pois “não sou eu!” — mas citei agora.

William disse: “Isso é bom para você mesma, de fato, pois você, nesta conversa, mesmo que comigo, está se externalizando em uma conversa com você mesma.”

Mas eu digo: “Não sou uma pessoa que usa palavras difíceis.” Ao que Will respondeu: “Para ele, isso não era difícil; ele lia dicionários!”

Suka? Lkkkkkk, coisa de velho.

Leia novamente o começo deste post e você vai entender.